Como se já não bastasse, os candidatos não receberam os gabaritos da provas, pois estes seriam as provas das irregularidades. E – pasmem! – os gabaritos foram queimados 48 horas após as provas! Tamanha negligência (pra não dizer outra coisa...) motivou 52 candidatos a entrarem com recurso questionando o concurso.
Ao longo desses sete anos, muitos comentários circularam na cidade de que o critério para aprovação foi político, e não técnico, que os aprovados – salvo raras exceções – foram indicados. Diante de tantas irregularidades, não é difícil de acreditar.
O jornal A Tarde de 30/04/2003 fez matéria sobre o assunto, que teve grande repercussão.
Diante de tantas irregularidades, o então vereador do PT Jair Cardoso apresentou denúncia ao Ministério Público para apurar as irregularidades. O MP acatou e encaminhou o processo para a justiça julgar, coisa que não foi feita até hoje, pois consta no processo mais de 400 testemunhas para serem ouvidas, coisa que levaria anos (talvez séculos, a julgar pela morosidade da justiça). Caso a justiça cancelasse o concurso por conta das irregularidades, os aprovados seriam demitidos, pois o concurso não existindo, não existiriam também aprovados.
A politicagem está no fato da ex-prefeita dizer que a culpa por uma possível demissão de cerca de 2.500 funcionários é do ex-vereador Jair Cardoso, mas ela esquece que o vício original está em quem contratou o tal instituto e concordou com todas as irregularidades, ou seja, se forem de fato demitidos, a culpa é quem disse aos 2.500 que estavam empregados quando não estavam.
Jair, por sua vez, na defensiva por conta das acusações de Tonha dele ser o responsável pelas possiveis demissões, recua e diz que não foi ele quem denunciou, preocupado com o efeito eleitoral da questão. Esquece ele que esses 2.500 dificilmente (muito difícil mesmo!) votariam nele para uma disputa eleitoral com a ex-prefeita, e que outros tantos aplaudiriam sua ação.
A lisura e honestidade devem prevalecer na administração pública, assim como em qualquer lugar. Não se pode concordar com irregularidades, assim como os 2.500 não podem pagar pelos erros dos outros.
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